"Quando eu emergi, não era o mesmo homem que havia sido.
Minha vida era a meia-noite, sem mudanças, sem fim. Deveria, por necessidade, sempre
ser a meia-noite para mim. Então como era possível que o sol estivesse nascendo agora,
bem na metade da meia-noite?
No momento em que me tornei um vampiro, trocando minha alma e mortalidade por
imortalidade na dor abrasadora da transformação, eu tinha realmente congelado. Meu
corpo tinha se transformado em algo mais para pedra do que para carne, permanente e
sem mudanças. Eu mesmo, também, tinha congelado como era - minha personalidade,
meus gostos e desgostos, meus humores e meus desejos; todos fixados de um jeito.
Era a mesma coisa para o resto dele. Todos nós estávamos congelados. Pedras vivas.
Quando uma mudança chegava para um de nós, era uma coisa rara e inalterável. Tinha
visto acontecer com Carlisle, e uma década depois, com Rosalie. O amor os tinha mudado
de um jeito irremediável, um jeito que nunca mais mudava. Mais de oitenta anos haviam
se passado desde que Carlisle achara Esme, e ele ainda a olhava com os olhos incrédulos
de primeiro amor. Seria sempre assim para eles.
Seria sempre assim para mim também. Eu sempre amaria essa frágil garota humana, pelo
resto da minha existência sem limites.
Olhei para seu rosto inconsciente, sentindo esse amor por ela se acomodar em cada célula
do meu corpo de pedra..." (Edward Cullen, Midnight Sun)
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