"E então o leão se apaixonou pelo cordeiro... "Que cordeiro idiota" "Que leão masoquista e doente"

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ECLIPSE DECRETA O FIM DA INOCÊNCIA NA SAGA CREPÚSCULO



Batalhas entre vampiros e lobisomens em cenas em que jorram sangue e cabeças são decepadas. Forte tensão sexual na disputa entre o vampiro Edward Cullen e o lobisomem Jacob Black pela mortal Bella Swan. "Eclipse", terceiro filme da saga "Crepúsculo", que estreou dia 30 de junho, recebeu uma injeção de testosterona na adaptação do diretor David Slade.
Escrito em 2007 pela americana Stephenie Meyer - fenômeno literário com a série romântica que recolocou os vampiros na cultura pop - "Eclipse" gira em torno da escolha definitiva de Bella pelo amor de Edward. O que implica em abandonar a existência humana por uma eternidade ao lado do namorado morto-vivo.
Se em "Lua nova" (2009) o cineasta Chris Weitz já havia apresentado uma atmosfera menos ingênua que a que Catherine Hardwicke imprimiu a "Crepúsculo" (2008), nesta adaptação do terceiro volume do best-seller é decretado o fim da inocência e do amor platônico. Diretor de videoclipes de bandas roqueiras como Muse e Stone Temple Pilots, e do suspense "Menina má.com" (2005), Slade acerta no tom angustiante e sombrio que agregra à história.
Diferente dos dois primeiros filmes, nos quais a mocinha não titubearia na decisão de virar vampira para viver seu grande amor, em "Eclipse" a dúvida atormenta Bella a todo momento.
Os prazeres que perderá da vida de mortal - a velhice ao lado dos netos, os abraços quentes das pessoas que ama, a brisa no rosto num fim de tarde - mexem com a futura vampira. E o assédio do lobisomem Jacob, moreno musculoso e tatuado que oferece uma paixão mais caliente que os carinhos gelados do parceiro de caninos afiados, abalam de vez as convicções da garota.






Triângulo amoroso pop
Bella e Edward são interpretados por Kristen Stewart, 20 anos, e Robert Pattinson, 24, atores pouco conhecidos até então. Mas desde a estreia "Crepúsculo", eles formam o casal-sensação de Hollywood - e as especulações sobre um possível romance na vida real só aumentam a idolatria dos fãs.

No entanto agora a presença mais significativa é a de Taylor Lautner, o lobisomem. Com o lançamento de "Eclipse", o ator de 18 anos promete roubar parte dos olhares sobre a dupla Stewart-Pattinson.
Quem for ao cinema disposto a acompanhar a trama deve se preparar para os gritos assanhados das fãs. Quase sempre descamisado, Lautner eleva a temperatura exibindo o dorso e o abdôme malhado, além de uma boa dose de charme. Enfim, o ator parece ter encontrado o tom do personagem - pelo menos o suficiente para ofuscar o muso teen Pattinson em algumas das cenas.
"Lobisomens são mais quentes", debocha Jacob. "Ele sempre esquece de colocar uma camisa?", ironiza Edward. São nas farpas entre os dois personagens que o filme encontra seus momentos de humor e ironia, em meio ao dramalhão sobrenatural.





Virgindade
Bella tenta fugir da tentação do lobisomem sedutor, mas não se conforma com a conduta "à moda antiga" de Edward. O vampiro, conservador, insiste que a amada se mantenha virgem até o casamento.
Até a heroína da trama, que aparece bem mais libidinosa que nos longas anteriores, considera o ideal de "pureza" de Edward "arcaico". Mas ainda assim, respeita e segue a vontade do vampiro bom-moço.
Na première do filme que o G1 acompanhou na segunda-feira (28), alguns adolescentes na sala de cinema davam risinhos debochados quando termos como "virgindade", "se entregar" e "esperar o casamento" apareciam nos diálogos - reflexos dos valores religiosos de Stephenie Meyer, que segue a doutrina Mórmon.

 O vale-tudo sobrenatural
A virilidade de lobisomens e vampiros não é posta a prova apenas no duelo amoroso entre Edward e Jacob. Há uma guerra prestes a acontecer em Forks - a cidade gelada na qual vivem os personagens da história.
Jovens recém-vampirizados em Seattle se preparam para invadir a região. O exército de chupadores de sangue é comandados pela vampira Victoria (Bryce Dallas Howard) - inimiga de Edward e Bella.
Boas cenas de luta entre lobisomens e vampiros, com efeitos especiais caprichados, fazem de "Eclipse" o melhor - e mais violento - filme da saga. É aí também que o diretor põe fim à inocência: diferente dos Cullen, que não consomem sangue humano, os novos vampiros adoram a iguaria e a obtém a custo de pescoços e costelas quebradas.
Com mais nitroglicerina e sensualidade, "Eclipse" deve agradar não apenas aos adeptos do fenômeno "Crepúsculo". Mas tem potencial para chamar a atenção de quem gosta de cenas de ação e um clima quente entre jovens atores bonitos em evidência.
Fonte: Mídia News/cinema

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